CARINA ALVES
Numa altura em que o município de Miranda do Douro avançou com a assinatura de um protocolo com a Associação de Língua Mirandesa para cumprir os 35 princípios da Carta Europeia das Línguas Minoritárias, o principal impulsionador do processo de reconhecimento oficial dos Direitos Linguísticos da Comunidade Mirandesa, Júlio Meirinhos, entende que a lei que há 20 anos reconheceu e promoveu a língua mirandesa foi o inverter de um ciclo. “Nuclear e fundamental que a lei tivesse aparecido. Invertemos o ciclo. Estávamos em morte lenta e com isto conseguimos reavivar, dar ânimo, esperança, pôr gente empenhada nesta mesma causa, escrever, falar, deixar que seja o ‘tchaco’ da língua mirandesa e foi positivo. Agora temos fases e segue-se o reconhecimento já a outro nível, a nível europeu, para com os requisitos do reconhecimento darem a garantia absoluta de que não há retrocesso nunca mais nesta língua”.