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Posts Tagged ‘Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa’

De acordo com os promotores destes “Agabones” (elogio, traduzido do mirandês), o objetivo passa por distinguir os novos e antigos estudantes do 12.º ano com média acima dos 16 valores que tenham frequentado a disciplina de mirandês no seu trajeto escolar.

Os mecenas do prémio são a família Schmidberger Fernandes, Aníbal Fernandes, nascido em Angueira, no concelho de Vimioso e sua mulher, Vera Schmidberger Fernandes, que assim traduzem “o amor e carinho que sentem pela cultura e língua mirandesa e desejam animar e incentivar os alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro ao estudo da língua mirandesa e sua consequente preservação, bem como recompensar o esforço e o mérito”, lê-se numa nota enviada à agência Lusa pela Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa (ALCM).

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Entidades ligadas à salvaguarda e divulgação do mirandês reagiram “com satisfação” à constituição do grupo de trabalho para promoção da língua mirandesa, publicada em Diário da República, abrindo caminho à estratégia “há tanto tempo ambicionada” por associações locais.

A presidente da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, disse que viu “com satisfação” a publicação do diploma, apontando no entanto “o momento de pré-campanha eleitoral” em que é feito, quando “houve outras oportunidades” anteriores não aproveitadas.

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Os deputados aprovaram esta terça-feira uma proposta do Livre de alteração ao Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) para criação de uma unidade orgânica para promoção da língua mirandesa, com uma dotação de 200 mil euros.

A proposta do Livre foi aprovada na Comissão de Orçamento e Finanças sem votos contra, a abstenção do IL e do PSD e votos favoráveis dos restantes partidos.

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LUÍSA PINTO

‘O domingo amanheceu com um sol tímido, a permitir uma bonança que a trovoada da madrugada quase espantou. E, seja sábado ou domingo, Inverno ou Verão, os dias de Domingos Manuel Alves, começam quase sempre da mesma maneira. Cedo, com o sol, porta fora, a caminhar pelo planalto. “Toda a vida fui pastor”, diz ele, com 84 anos, bata vestida por cima da roupa, a esconder um eventual fato domingueiro. Talvez não o use, até porque nem sabe se neste domingo há ou não missa na aldeia de Malhadas. “O padre vai a muitas aldeias, não vem cá todos os domingos. Só há missa quando ouvimos o sino a tocar.”

Domingos toda a vida foi pastor, mas já não tem gado para pastar. Mesmo assim, quer que os dias se mantenham iguais. E quando o dia nasce, é preciso pôr os animais cá fora. Agora não tem vacas, mas tem duas burras, a Andorinha, de 11 anos, e a Marta, de quase um. Os burros sempre o ajudaram a lavrar os campos. “Agora já não fazem nada”, revela. Ou fazem muito – afinal, fazem-lhe companhia nestes passeios matinais.

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CARINA ALVES

Alfredo Cameirão é o presidente da Associaçon de Lhéngua I Cultura Mirandesa desde 2016. É professor de Espanhol no Agrupamento de Escolas de Mogadouro, tem 55 anos e é natural da aldeia de São Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro. O presidente da associação não tem dúvidas de que é preciso cumprir várias medidas para não deixar que a língua morra. A ratificação da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias por parte do Estado Português, a criação de uma unidade orgânica para traçar estratégias de defesa e fazer da língua, em termos escolares, uma disciplina curricular são as grandes estratégias para a manter uma realidade.

A Associaçon de Lhéngua I Cultura Mirandesa é, hoje, a grande defensora da língua mirandesa. Nestes anos, em termos de trabalho, o que é que já fez a associação e o que tem feito para preservar a língua?

A associação foi criada em Lisboa, por alguns mirandeses na diáspora, e, entretanto, em 2015, entendeu-se que seria melhor passar a sua sede e o essencial dos seus trabalhos para Miranda do Douro. Desde logo, alguns cursos foram dados, em Lisboa, de Língua e Cultura Mirandesa, que juntaram alguns desses portugueses e permitiram que algumas pessoas começassem a escrever em mirandês, nomeadamente em alguns jornais regionais de Bragança. Depois, quando passou cá para cima, coincidindo com a morte do nosso fundador e alma mater, Amadeu Ferreira, começámos a trabalhar e a pôr algumas coisas no terreno. Neste momento, temos um protocolo com a Câmara Municipal de Miranda do Douro, em que nos responsabilizamos por fazer todos os trabalhos que estejam relacionados a língua e que a câmara nos peça, nomeadamente traduções. Também damos cursos on-line e temos um projecto de recolha de testemunhos junto das nossas bibliotecas vivas, que estão a arder, que são os nossos idosos, sobre os saberes, tradições e modo de vida da Terra de Miranda nas últimas dezenas de anos.

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‘Há muitas diferenças entre a língua “fidalga”, o português, e a «língua das aldeias e dos homens do campo», o mirandês. Desde há 25 anos que o mirandês é reconhecido como segunda língua oficial em Portugal, mas mesmo que se escreva de maneira diferente, dois anos é muito tempo em qualquer língua. É por isso que o presidente da Associação da Língua e Cultura Mirandesa (ALCM), Alfredo Cameirão, não percebe porque é que a Assembleia da República está a demorar todo esse tempo a ratificar a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, que o Ministério da Cultura anunciou ter assinado a 7 de Setembro de 2021.

Houve unanimidade e aclamação há 25 anos, quando foi criado o mirandês, houve palmas e regozijo há dois, quando o Governo disse que assinou a Carta. Mas até agora a necessária ratificação no Parlamento tem sido adiada. «Tanta unanimidade e apoio e no final andam todos esquecidos», ironiza Alfredo Cameirão.

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O primeiro manual destinado à aprendizagem do mirandês já está disponível aos alunos que frequentam esta disciplina no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), no distrito de Bragança, região nordeste de Portugal, fronteiriça com a Espanha. É o primeiro livro didático para o ensino do mirandês, desde o seu reconhecimento como segunda língua oficial de Portugal, em janeiro de 1999.

Intitulado “Cachapin”, este manual, que está inserido numa iniciativa curricular para o ensino da língua mirandesa, é o primeiro a estar disponível de dois livros escolares destinados ao 1.º ciclo do ensino básico.

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A Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) congratulou-se hoje com a aprovação, por unanimidade, de um projeto de resolução que recomenda ao Governo que conclua a vinculação do país à Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias.

“Estamos muito satisfeitos com a aprovação por unanimidade de um projeto de resolução que recomenda ao Governo que conclua a vinculação do país à Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias. A língua mirandesa é um património não só dos mirandeses, mas de Portugal”, disse à Lusa o presidente ALCM, Alfredo Cameirão.

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A Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ALCM) reiterou hoje a necessidade urgente de o Estado fazer a retificação da Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, para assegurar o futuro da língua mirandesa.

“Portugal assinou a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias do Conselho da Europa, mas ainda não a ratificou. O processo estará a andar mas não temos informação se estará a andar com a velocidade desejada”, explicou à agência Lusa o presidente da ALCM, Alfredo Cameirão.

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Alíngua mirandesa está numa situação” muito crítica” devido ao abandono desta forma de falar por parte de entidades públicas e privadas, conclui um estudo elaborado pela Universidade de Vigo (UVigo), em Espanha.

Iniciado em 2020, o estudo estimou em cerca de 3.500 o número de pessoas que conhecem a língua, com cerca de 1.500 a usá-la regularmente, identificando uma rotura com este idioma, sobretudo nas gerações mais novas, através de uma “forte portugalização linguística”, assente em particular na profusão dos meios de comunicação nas últimas décadas, e na identificação do mirandês com ruralidade e pobreza locais.

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